PROGRAMAÇÃO ALCAR SUL 2018
VII Encontro Regional Sul de História da Mídia
Local: UFSM – Universidade Federal de Santa Maria
25 DE OUTUBRO DE 2018
Quinta-Feira
Credenciamento – horários e locais
12h30 às 14h: Hall do Quarto Andar do prédio 74C – CCSH
15h às 18h: Hall do Salão Imembuí – Reitoria da UFSM
14h às 16h – Oficinas
Local: salas de aula do prédio 74C – CCSH – mais informações em https://alcarsul2018.wordpress.com/oficinas/
16h às 17h30 – Lançamento de livros
Local: Hall do Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
16h às 17h30 – Apresentação Cultural e Coffee-Break
Local: Hall do Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
17h30 – Cerimônia de abertura do VII Encontro Regional Sul de História da Mídia
Local: Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
Profa. Ana Regina Rêgo (UFPI), presidente ALCAR; Prof. Cláudia Peixoto de Moura (PUCRS), coordenadora da regional Sul ALCAR; Prof. Dra. Sandra Rúbia da Silva (UFSM), coordenadora local do evento e demais autoridades .
18h – Conferência de abertura:
“Movimentos Sociais e Cidadania Comunicacional: da imprensa alternativa dos anos da ditadura militar ao midiativismo da atualidade”
Conferencista: Profa. Dra. Cicília Krohling Peruzzo(Universidade Anhembi Morumbi)
Local: Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
26 DE OUTUBRO DE 2018
Sexta-Feira
Credenciamento – horários e locais
8h às 10h30: Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
12h30 às 14h30 – Hall do Quarto Andar do prédio 74C – CCSH
8h30 às 10h
Local: Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
Mesa I: Comunicação, História e Cidadania nos últimos 30 anos nos contextos Brasil – Argentina
Prof. Dra. Virgínia Pradelina da Fonseca (UFRGS) – “Tipos ideais: uma exploração do método weberiano para a periodização do jornalismo contemporâneo”
Resumo: Pretende-se explorar o método weberiano de construção de tipos ideais para fazer um exercício de periodização da história do jornalismo contemporâneo a partir de concepções e práticas dominantes entre o início do século XX e as duas primeiras décadas do século XXI. Para isso, inicialmente, far-se-á uma breve discussão de ordem conceitual sobre jornalismo, seguida da definição e discussão desse instrumento de análise sóciohistórica. Por último, procurar-se-á esboçar sua aplicação fazendo um exercício de tipificação, ainda provisório, em que se destacam elementos de distinção entre os modelos industrial e pós-industrial (tipos puros). Com isso, procura-se melhor compreender o jornalismo deste início de século comparativamente ao período imediatamente anterior.
Prof. Dr. Carlos Garcia da Rosa (Universidad Nacional de Misiones – Argentina) – “Comunicação, história e cidadania: os desafios em tempos de mudanças”. Resumo: Nos últimos 30 anos, na América Latina e especialmente na Argentina, houve poucas mudanças que foram experimentadas (e estão sendo vividas) no campo da comunicação, da história e da construção da cidadania. Depois de um período marcado pela intolerância, autoritarismo, censura e uma das mais sangrentas estágios de repressão como ocorreu durante os últimos regimes militares que assolaram a região, redescoberto como uma sociedade o valor da liberdade e da vida como princípios básicos constituintes de todas as pessoas que se sentem soberanas e independentes de tomar suas próprias decisões. Acima de tudo, na Argentina, onde de 2001 a 2002 reaparecerão políticas públicas que se estruturarão nas agendas e se materializarão em ações que mobilizem a sociedade na recuperação e / ou conquista de seu direito ao exercício da cidadania. cheio. Novas perspectivas sobre “fazer história” aparecerão em cena, de pensar a democracia como comunicação como um direito humano. As conquistas alcançadas nos últimos anos, hoje sofrem fortes ataques de políticas neoliberais que voltam a resgatar a figura do mercado como organizadora da sociedade. A negação do espírito e o que a Lei 26.522 dos Serviços de Comunicação Audiovisual, é um exemplo.
Prof. Dr. João Ivo Puhl (UNEMAT) – “Luta dos Chiquitanos em Mato Grosso/BR pelo reconhecimento de seus territórios, cidadania e cultura indígena”. Resumo: Populações indígenas de etnias, povos, línguas e culturas diversas foram reduzidas pelos padres jesuítas da província do Paraguai como Chiquitos a partir de 1691-1767 formando 10 povoados de indígenas misturados, cristianizados e tornados súditos dos reis de Espanha. A expulsão da Companhia de Jesus da América Hispânica trouxe consequências sobre o modo de vida dos Chiquitos que viram seus mestres substituídos por clero secular de Santa Cruz de la Sierra e por autoridades civis e militares espanholas até a independência com fortes impactos e pressões de diversas ordens sobre estas populações indígenas. O sistema reducional foi deteriorando com as novas autoridades, orientações e objetivos impostos aos quais resistiam, contra os quais se rebelavam ou dos quais fugiam em busca de alternativas de sobrevivência nos espaços da fronteira entre os impérios coloniais. Os portugueses promoveram políticas de atração destas populações prometendo assentá-las em vilas como a Vila Maria do Paraguai fundada em 1778 (Cáceres), na Fazenda Real da Caiçara, em Vila Bela e em Casalvasco. Inúmeras levas de Chiquitos emigrados dos domínios espanhóis foram incorporados nos domínios portugueses na Capitania de Mato Grosso. Este fluxo nunca se estancou mesmo após a independência do Brasil (1822) e da Bolívia (1825). A República boliviana manteve o estatuto das reduções até a década de 1850, quando os governos liberais aboliram as reduções as abriam para o ingresso de qualquer pessoa nacional ou estrangeira. Foi um momento de intensificação da expropriação dos Chiquitos de seus rebanhos bovinos, equinos, ovinos, das suas terras de pastoreio e de agricultura e dos seus poderes sobre as cidades que exerciam nos cabildos. Substituídos por populações mais capitalizadas e empreendedores capitalistas a maioria dos Chiquitos passaram a ser sem terra, peões de estâncias e mão de obra na extração da seringa e coletores de castanhas nas florestas. No final do século XIX João Severiano da Fonseca os registrava e depois o Marechal Rondon os encontrava. Até meados do XX os Chiquitos migravam em diferentes direções e sentidos. Em território mato-grossense ainda não totalmente demarcado buscavam sua sobrevivência, mas falavam sua própria língua e mantinham suas práticas sociais, culturais e religiosas como testemunhou D. Calibert, em 1922 no relato da sua visita pastoral. A introdução das escolas na Bolívia e nos destacamentos militares brasileiros apagou aos poucos esta língua que as políticas nacionalistas perseguiam. A população continuou vivendo na faixa da fronteira internacional como posseiros de grandes extensões de terras, que as políticas de colonização dos governos do estado e dos governos federais do regime civil-militar promoveram a apropriação privada das posses de chiquitanos e afrodescendentes de Vila Bela. Assim se chega á década de 1980 com a população chiquitana sendo expropriada de sua língua, cultura, territórios e consequentemente de sua identidade indígena tanto no Brasil como na Bolívia onde serão incluídos como campesinos na reforma agrária a partir de 1953. Em Mato Grosso comunidades ou agrupamentos de Chiquitos foram erradicados e expulsos de seus territórios tradicionais transformando-se em sem terra e peões empregados nas fazendas e cidades. No (EIA) Estudo dos Impactos Ambientais do projeto de construção do Gazoduto de San Matias-Cáceres-Cuiabá para apresentar o Relatório dos Impactos Ambientais (RIMA) em 2004 apareceram alguns sítios arqueológicos e populações com características culturais indígenas (guató, bororo e chiquitano). Este estudo ensejou o primeiro processo de identificação das populações chiquitanas no Brasil, seguido depois de uma identificação de territórios tradicionais chiquitanos. A visibilização das populações chiquitanas em mais de trinta comunidades em Mato Grosso alvoroçou os fazendeiros que haviam se apropriado de seus territórios e envolveu políticos e outros aliados na região contra a ideia de Chiquitos como indígenas. Realizaram através da assembleia legislativa três audiências públicas para provar que não havia índios na região. Diziam que eram trabalhadores estrangeiros e não brasileiros e muito menos índios. O presidente da Assembleia de Mato Grosso chegou a escrever uma longa carta de denúncia contra a FUNAI, o CIMI, ONGs e movimentos sociais que inventavam índios e apoiavam a sua luta por terra. O clima político ficou tenso por vários anos com ameaças e até prisões de pessoas. Hoje a luta dos Chiquitos continua num contexto extremamente mais perigoso, pois os fazendeiros todos estão organizados e armados para defenderem seus patrimônios e o estado continua muito ausente junto as populações fronteiriças. As histórias desta luta é que quero compartilhar nesta mesa e apontar alguns desafios da academia e da sociedade em relação as pessoas que viveram esta trajetória através do tempo e que continuam lutando pelo reconhecimento de seus territórios, de sua cidadania e cultura.
Mediação: Profa. Dra. Ada Cristina Machado da Silveira (UFSM)
Intervalo para coffee-break: 10h às 10h30
10h30 – 12h
Mesa II: Mídia, Memória e Ditadura na América Latina
Profa. Dra. Norma Alvarez (Universidad Nacional de Misiones – Argentina) – “Medios de comunicación y dictaduras en la Provincia de Misiones (1930-1983)”. Resumo: La historia argentina está marca, en el siglo XX, por continuos golpes de Estado, qué desde el pensamiento de sus líderes, irrumpieron en la vida democrática con el objetivo de “restaurar” el orden económico, social y político. Entre 1930 y 1983, seis golpes de estado provocaron alteraciones en los distintos ámbitos de la vida. Durante estos procesos, los medios de comunicación tuvieron un rol central, ya sea como opositores a los regímenes, o bien como colaboradores de los mismos. Más allá del rol que cumplieran, los gobiernos de facto aplicaron restricciones y cesura a la prensa. En algunos casos, de forma velada; y en otros, a partir del dictado de normas específicas. En relación con la provincia de Misiones, el estudio de esta problemática aún se encuentra en estado embrionario. Uno de los inconvenientes con los que nos encontramos a la hora de componer el relato histórico, es la dispersión y/o inexistencia de fuentes escritas. Por tanto, desde el año 2010, se inició un proceso de recopilación y construcción de fuentes, a partir de las cuales se accedió a importante información respecto a esta temática. La interacción entre fuentes escritas y fuentes orales, posibilitará analizar y comprender un tópico hasta ahora inexplorado por la historia en nuestra región.
Profa. Dra. Mara Regina Rodrigues Ribeiro (UNIPAMPA) – IN MEMORIAM – Resumo: A profa. Mara Regina faleceu no último dia 24 de outubro. Durante a mesa, será feita uma homenagem à professora, lembrando sua trajetória como pesquisadora e docente. A homenagem será realizada pelos profs. Marcelo Rocha (UNIPAMPA), Cárlida Emerim (UFSC) e Ada Cristina Machado da Silveira (UFSM).
Profa. Dra. Cárlida Emerin (UFSC) – “Televisão e AI 5 no Alcar SUL: um estudo preliminar”. Resumo: A conferência apresenta o resultado de uma pesquisa preliminar sobre a produção de conteúdo histórico em torno da televisão e do telejornalismo em relação ao AI 5. Para tanto, verifica-se nos anais do ALCAR Sul, desde os primeiros que ocorriam regionais até os dois últimos que reúnem os três estados do sul do país, compreendendo o período entre 2007 a 2016. Além disso, mostra as características das produções em telejornalismo sob a censura do AI 5 no Brasil e analisa as possibilidades e restrições que o período impetrou ao campo televisual do ponto de vista estético, econômico e cultural. Para tanto, empregou o método de revisão sistemática, a pesquisa bibliográfica e a análise semiótica sobre produções televisuais históricas.
Mediação: Prof. Dr. Flavi Ferreira Lisboa Filho (UFSM)
12 às 14h – Intervalo para almoço
14h – 18h: Encontro dos GTs (Grupos de Trabalho)
Local: salas de aula do prédio 74C – CCSH
Intervalo para coffee-break: 15h45 às 16h
GT 1 – História do Jornalismo – sala 4230
GT 2 – História da Publicidade e da Comunicação Institucional – salas 4330 e 4332
GT 3 – História da Mídia Digital – salas 4422 e 4424
GT 4 – História da Mídia Impressa – sala 4425
GT 5 – História da Mídia Sonora – sala 4426
GT 6 – História da Mídia Audiovisual – sala 4428
GT 7 – História da Mídia Visual – sala 4430
GT 8 – História da Mídia Alternativa – sala 4432
GT 9 – Historiografia da Mídia – sala 4232
18h30 – Encerramento
Local: Salão Imembuí da Reitoria da UFSM
Profa. Ana Regina Rêgo, presidente ALCAR; Profa. Cláudia Peixoto de Moura (PUCRS), coordenadora da regional Sul da Rede ALCAR; Profa. Dra. Sandra Rúbia da Silva (UFSM), coordenadora local do evento e demais autoridades.